A Tether, a empresa responsável pela stablecoin USDT, está buscando aumentar sua presença no mercado de ouro. De acordo com informações recentes, a companhia tem se reunido com várias companhias que operam royalties de mineração, o que indica uma estratégia para diversificar seus investimentos e potencializar lucros.
Em junho, a Tether já havia injetado US$ 105 milhões na Elemental Altus, e, recentemente, investiu mais US$ 100 milhões nessa mesma empresa. Além disso, eles também estiveram em conversas com a Terranova Resources, que atua na mineração de ouro, embora ainda não tenha sido fechado nenhum acordo.
Ouro e stablecoins: uma nova fronteira
Atualmente, a Tether é líder no setor de stablecoins com o USDT, mas também possui outras moedas no mercado, como o Tether Gold (XAUT), um token relacionado ao ouro. De acordo com dados, o XAUT conta com um valor de mercado em torno de US$ 883 milhões, porém, está atrás do PAX Gold (PAXG) da Paxos.
Observando essas movimentações, é possível que a Tether queira se destacar nesse segmento antes que o XAUT se torne mais popular entre os investidores.
Uma diferença crucial entre o USDT e o XAUT está na forma como cada um gera receita. Enquanto a Tether utiliza os fundos que garantem seu lastro para investir em diversos ativos, incluindo ações e Bitcoin, as reservas de ouro enfrentam limitações em termos de rentabilidade. Portanto, o interesse na mineração pode ser uma forma de a Tether buscar incrementar seus ganhos.
Paolo Ardoino, CEO da Tether, parece não esconder o entusiasmo sobre essa nova aventura. Ele comentou sobre o investimento de mais de US$ 200 milhões com um simples emoji, mas suas palavras evidenciam a importância da diversificação, sugerindo que, mesmo que o Bitcoin seja uma alternativa interessante, o ouro ainda oferecerá segurança a curto prazo.
Alta histórica do ouro e novos investimentos
Recentemente, o ouro atingiu a marca de US$ 3.598, um recorde histórico, disparando com uma valorização de 36,5% em 2025, superando até mesmo o Bitcoin, que teve uma melhoria de 18,6% nesse mesmo período. Com essa alta, a própria Tether está se beneficiando, já que, segundo uma auditoria, ela detinha cerca de US$ 8,7 bilhões em metais preciosos como lastro para o USDT.
Outro player importante nessa história é El Salvador, que ficou famoso por adotar o Bitcoin como moeda oficial. O presidente Nayib Bukele anunciou que o país adquiriu US$ 50 milhões em ouro, o que significou um aumento de 31% nas reservas do metal.
Esse movimento gerou discussões sobre as semelhanças entre o ouro e o Bitcoin. Apesar de alguns acreditarem que o aumento do ouro pode elevar também o valor do Bitcoin, outros têm uma visão mais cautelosa, apontando que o cenário pode ser desafiador para a criptomoeda nesse contexto.
O mercado está em constante transformação, e cada investimento traz sua própria dinâmica e risco. A Tether e El Salvador estão apenas atualizando suas estratégias e buscando novas formas de se fortalecer em um ambiente de incerteza e oportunidade.
